Tão somente.. só.

Talvez o melhor a se fazer quando se apaixonar à primeira vista por alguém seja fugir. Evita o sofrimento posterior e a presença de preocupações e tantos anseios. 

A primeira vez que eu o vi, meu coração disparou. E não falo isso utilizando o mais comum dos clichês - realmente aconteceu. Demorei muito tempo pra reencontrá-lo de novo, mas alguma força misteriosa no universo preparou um encontro totalmente inesperado, em uma cidade diferente e em um tempo descomum. No entanto, ainda não era a hora. Só que um dia, a hora chegou. Ele percebeu o que havia em meu olhar, então, nos aproximamos. E uma experiência tão maravilhosa foi concebida, desejando que ela fosse eterna. Não foi. E as coisas foram desmoronando - porém, se reergueram perto do fim. Voltaram com total intensidade, resplandecendo num compasso absoluto de ilusão amorosa que obstruiu qualquer tipo de olhar sobre a verdade. Porém, a verdade veio a tona, e o sentimento que ele nutria era por outra pessoa. As esperanças eram todas falsas. Não bastava toda a cumplicidade entre nós. Necessitava de muito mais do que isso: como lutar contra um relacionamento de bagagem temporal muito maior que o que passamos juntos? Estou em ruínas. A ficha caiu e teria sido tudo mais fácil de se enfrentar caso nunca houvesse essa aproximação e o meu amor se mantivesse platônico e tão impossível quanto um dia fora. Ou ainda é.